Homem é preso com pornografia infantil
e PF investiga se doces eram para atrair crianças
VANESSA FERNANDES
Editoria de NOTÍCIAS - 17/12/21, às 09h20min
Policiais federais realizaram, na manhã desta quinta-feira (16), uma operação que investiga a produção, divulgação e transmissão de pornografia infantil no Espírito Santo. Um homem foi preso em flagrante.
A Operação Abutre cumpriu um mandado de busca e apreensão em Boa Esperança, no Noroeste do ES. Durante as buscas, foi encontrado material contendo exploração sexual infantil, o que gerou a prisão em flagrante do homem de 38 anos.
O nome do preso não foi divulgado. Os agentes também encontraram preservativos e doces na casa dele. A Polícia Federal vai investigar se os doces eram usados para atrair crianças.
"Trata-se de um dos piores crimes existentes, praticados pelos piores predadores. É possível que os doces encontrados no local sejam utilizados pelo suspeito para atrair suas vítimas, que são crianças.
Isso será objeto de investigação" disse o delegado Eugênio Ricas, superintendente da Polícia Federal no ES.
Segundo a PF, o trabalho é decorrente de cooperação técnica-investigativa entre o Serviço de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia da corporação e o National Center for Missing and Exploited Children (NCMEC), que informa o órgão central de Brasília quando há indícios de criminosos atuando no Brasil.
A PF divulgou que a Operação Abutre inaugurou um novo método de investigação que otimiza as buscas de indícios realizadas a partir das comunicações produzidas neste tipo cooperação internacional.
O objetivo da ação desta quinta, além do cumprimento da medida judicial, é colher elementos de prova que identifiquem outros suspeitos envolvidos ou outros crimes ainda mais graves, como estupro de vulneráveis, seguido do seu registro, divulgação ou armazenamento de imagens.
O homem preso em flagrante responderá pelos crime de posse ou armazenamento de material pornográfico envolvendo criança ou adolescente e poderá responder por produzir, transmitir e ainda, caso seja possível identificar vítimas, por estupro de vulnerável, com penas que somadas podem chegar até 33 anos de prisão.